O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está acendendo um alerta importante sobre a influência dos influenciadores sintéticos nas campanhas eleitorais. Com o avanço da tecnologia, os influenciadores digitais gerados por inteligência artificial têm se tornado uma ferramenta poderosa, mas também perigosa. Esses avatares digitais, que podem imitar perfeitamente seres humanos, estão sendo utilizados para disseminar mensagens e persuadir eleitores de maneira que pode distorcer o processo democrático. O TSE reconhece que, sem uma regulamentação adequada, esses influenciadores sintéticos podem ser manipulados para espalhar desinformação e influenciar indevidamente os resultados das eleições.
A preocupação do TSE é legítima, visto que esses influenciadores sintéticos podem operar em larga escala e com uma precisão que supera os métodos tradicionais de propaganda. Eles podem segmentar eleitores com base em dados comportamentais e históricos de navegação, criando uma comunicação altamente personalizada e, muitas vezes, invisível para os órgãos de fiscalização. Essa capacidade de agir de forma furtiva torna extremamente difícil monitorar e regular a atividade desses avatares, ampliando o risco de abuso e manipulação eleitoral.
Diante desse cenário, o TSE está buscando formas de regulamentar o uso de influenciadores sintéticos nas campanhas eleitorais. Isso inclui o desenvolvimento de normas que exijam transparência sobre a natureza sintética desses influenciadores e a responsabilidade dos partidos e candidatos pelo conteúdo disseminado por meio dessas ferramentas. A iniciativa do TSE visa proteger a integridade do processo eleitoral e garantir que a vontade dos eleitores seja respeitada, evitando que a tecnologia seja utilizada de forma maliciosa para distorcer a democracia.